sábado, 30 de abril de 2011

O GERENCIAMENTO DA CULTURA BRASILEIRA

Recentemente o IBGE formou uma parceria com o MinC para adquirir informações relacionadas ao setor cultural. Os resultados constaram principalmente aspectos de oferta e demanda de bens culturais, gastos públicos com cultura e o perfil socioeconômico da mão-de-obra ocupada em atividades culturais. Não obstante, o Brasil mostra-se tardio na implementação destas informações estatísticas se comparadas a outros países, como a França, que desde 1970 já inclui a cultura no plano de metas nacionais. Conforme o IBGE, a definição da cultura segue em termos das atividades econômicas que a compõe, distribuídas assim: informações cadastrais, estratificação e documentação, dados de produção, consumo e emprego. Mesmo definhado desta forma, é muito difícil considerar o que é e o que pode ser agregado como pesquisa estatística, mas ao IBGE, a concepção da cultura adotada em seus estudos está relacionada às atividades econômicas de bens e serviços ao qual geram, conforme definido empiricamente pela UNESCO. Quanto à metodologia, buscou-se mapear as atividades culturais e transformar em informações estatísticas. A classificação é se a atividade cultural produz bens e serviços relacionados com a produção cultural, como edição de livros, rádio, televisão, música, bibliotecas, patrimônio histórico e museus. Ainda há diversas atividades econômicas diretamente relacionadas à cultura, como comércio de livros, processamento de dados, telecomunicações, computadores, telefones, distribuição de dados on-line de conteúdos eletrônicos, entre outros.
Nos últimos anos, a industrialização que atuava na produção cultural brasileira teve um crescimento de pessoas trabalhando neste setor de 15,2%, passando de um milhão para um milhão e duzentas mil pessoas. Neste período também houve considerado crescimento de investimento por parte da esfera pública, passando dos dois bilhões de reais. A repartição desse valor é desequilibrada, ficando 52,6% para os municípios (1.135 milhões), 34% aos estados (746 milhões), e 12,8% para a União (275 milhões). De um montante de 5.561 cidades brasileiras, as que possuem menos de 5.000 habitantes recebem cerca de 3% desse montante. Ainda há a distribuição Per Capita, ou seja, em municípios com menos de 500 mil habitantes. É calculado R$ 7,8 ao ano e com mais de meio milhão de habitantes, R$ 8,7. Mesmo assim, nos grandes centros urbanos com São Paulo e Rio de Janeiro, o valor Per Capita chegou a ser de R$ 13,7, dada a grande variedade cultural existentes nestas regiões.
O que se espera é o aumento nos investimentos deste setor de saberes e fazeres, agregando mercadorias e serviços além de intenso conhecimento e entretenimento a grandes parcelas da população mundial. É como eu sempre digo: A cultura é fundamental, em seus vários sentidos.

Márcio Marquetto Caye
Acadêmico da ALIVAT

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